quarta-feira, 30 de setembro de 2015

To blog or not to blog?

Para professores e estudiosos do processo da aprendizagem nomes como Piaget, método behaviorista, método montessoriano, Vygotsky não são nenhuma novidade. Esses nomes e o que eles remetem fazem parte do dia a dia de quem está envolvido com a educação. Porém para quem está envolvido com o ensino de idiomas esses nomes podem ser novos e ainda despertar a sensação do tipo "isso não serve pra nada". Quer saber? Esses nomes servem para muitas coisas. Mas, não vamos aqui entrar em detalhes de cada um deles (se quiser saber mais sobre cada um deles é só clicar nos nomes acima).


O assunto a ser abordado hoje é como um psicólogo bielo-russo morreu há mais de 70 anos, influencia metologias de ensino, desenvolvimento de material didático e, principalmente, as aulas de inglês. Resumindo os estudos de Vygotsky de uma maneira muito simples, ele indica que o ser humano se desenvolve a partir das relações sociais que este ser tem durante sua vida. Aplicando esses pensamentos ao processo de ensino-aprendizagem, pode se dizer que construímos nosso conhecimento de acordo com as interações que vamos tendo ao longo do processo de aprendizagem que vão se dando nos mais variados contextos. Essa corrente pedagógica que se originou do pensamento de Vygotsky é chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo. 

Achou complicado esse tal de socioconstrutivismo? Esse vídeo pode ajudar a descomplicar.


Vygotsky na sala de aula de inglês
Será que isso se parece com o que você faz na sua sala de aula de inglês? Nas aulas de inglês, principalmente aquelas onde se trabalha o método comunicativo, o aprendizado acontece com interações, dentro de um contexto, onde o professor se torna um facilitador do aprendizado, ou seja transferindo a corrente pedagógica de Vygotsky para o micro mundo da sala de aula, fazendo com que os alunos criem relações sociais em contextos próximos a contextos reais onde o professor pouco interfere nessa construção. 


Para aprender um novo idioma precisamos de:
  • contexto - simulando uma situação corriqueira para que possamos nos imaginar, enquanto alunos, vivenciando aquele momento; ou seja precisamo de relações sociais;
  • relevância - se o que está sendo proposto não for relevância social para os alunos, surge aquela questão "pra serve isso?";
  • personalização - caso que está rolando em sala de aula não poder ser usado pelo aluno em nível pessoal, perdeu... perdeu o aluno;
  • interação - se os alunos não interagem entre eles, como vão colocar em prática social o que aprenderam em sala? É preciso socializar a língua!

So does it ring a bell? Será que agora é possível perceber a presença do socioconstrutivismo nas aulas de inglês?

Agora você querido leitor deve estar se pergunto: tá, o que isso tudo tem a ver com blogar ou não blogar??? TUDO!!!!
O conjunto dos blogs disponíveis hoje é praticamente infinito, querendo dizer: seja qual for seu contexto, tem um blog pra você. Quando buscamos um blog, buscamos porque precisamos de alguma informação específica ou porque gostamos do assunto, buscamos relevância entre nós, leitores, os blogs visitados. De alguma for ou de outra buscamos algo nos blogs que nos toquem de forma pessoal, eu visito com frequência os blogs de culinária que eu sigo, porque eles "falam" comigo de uma forma muito pessoal.

Na minha singela opinião, um dos passo mais importantes para o aprendizado e aquisição de uma língua estrangeira é a interação. E aí vai uma pergunta: existe algo mais interativo que um blog? Podemos comentar, responder, bater papo com o autor e com outros leitores que comentaram o blog. Interação modo hard.

Mas, como usar blog nas aulas de inglês?
Primeiro, o professor precisa definir que tipo de interação será feita (professor com aluno; aluno com professor; aluno com aluno) e para saber como isso vai acontecer é preciso levar em consideração qual a ferramenta para a veiculação do blog foi usada e quais tipos de interações essa ferramenta permite.
As interações também dependem do tipo de postagem que o professor disponibiliza a seus alunos. As que geram mais comentários são aquelas que dão espaço à sugestões, à perguntas, à reflexões.
Outra maneira de trazer o blog para a sala de aula sem ter a responsabilidade das postagens (por que vida de professor não é fácil, né?) é incluir em suas aulas alguns textos, artigos, tópicos que foram retirados de blogs de outros autores. Aqui podemos pedir aos nossos alunos que tragam algo de um blog de seu interesse ou se seus alunos blogam, por que não usa-los?

#ficaadica
Vocês usam blog em suas aulas?
Se a resposta for positiva, divida seu know-how conosco. Mas, se sua resposta for negativa, porque não tentar e dividir essa experiência com a gente?



quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Uso de tecnologia na sala de aula de ensino de línguas estrangeiras

O uso de tecnologia em sala de aulas pelo mundo afora não é novidade e para algumas pessoas pode até ser redundante mas, como essa professora de inglês que vos escreve, que cresceu com mimeógrafo, máquinas de escrever, folhas e folhas e folhas de papel almaço, horas e horas e horas debruçadas sobre a Barsa...



Lida com salas de aula com Digital Smartboard, conteúdo online e com alunos que cresceram com fotocopiadoras em casa, editores de texto e que digitam muito mais rápido do que escrevem e usam o smartphone para tirar foto da lousa??


O jeito foi voltar para a sala de aula... Aqui estou no IEL na Unicamp devidamente matriculada em um curso de de extensão em Tecnologia Digitais e Móveis no Ensino de Línguas Estrangeiras.
E qual foi a lição de casa? Criar um blog... Não que isso fosse novidade pra mim já criei um outro blog mas que não é relacionado com ELT e sim com a minha segunda paixão... Cozinhar. E foi de tanto aos amigos pedirem as receitas que resolvi postá-las em forma de blog. E pra quem ficou curioso é clicar aqui.

Como o objetivo da criação deste era experimentar ferramentas optei por uma nova, estou aqui usando o Blogger no lugar do WordPress que uso no blog de culinária. Pra vocês ai que estão pensando em ter um blog meu conselho é: vá em frente. As duas ferramentas que já utilizei são simples e não requer muita intimidade com a tecnologia. 

E quem cria blog, também segue alguns. Como professora de inglês tem alguns que consideam muito legais e que vão além de postagens do tipo "como usar o present perfcet" e que são cheio de blá, blá, blá... Gosto muito do blog do Jorge Sette, ele traz texto muito interessante sobre linguagem e educação. Curto também o blog global da Oxford University Press - ELT, eles são excelência quando o assunto é ensino de inglês e trazem assuntos bem legais.

E como não só de trabalho vive essa professora também sigo alguns outros blogs. Um dos meus favoritos é o Mamis & Mais é feito pela Mariana, uma querida amiga e mudou de Bragança e através do blog fico em contato com ela e com sua família fofa. Ahhh, e também tem os blogs de culinária como o Panelinha, o Nutrition Stripped e ainda tem a fofa da Ella.

A criação dos blogs que administro aconteceram em situações bem diferentes. O primeiro foi feito como se fosse uma brincadeira, um jeito de dividir a minha paixão com a cozinha de uma for quase terapêutica. Já este aqui foi feito assim: o blog será sua avaliação do curso! Pressãozinha básica... kkkk... E nessa situação até encontrar um nome foi difícil... Depois da segunda respirada profunda as coisas entraram nos eixos. E já decidi que esse espaça será multifuncional: será sim, um dos métodos de avaliação porém irei além e compartilharei com vocês minhas aventuras e desventuras na exploração desse mundo praticamente infindável do uso da tecnologia como facilitador em sala de aula tanto para o aluno mas, principalmente para o professor de língua estrangeira.



sábado, 19 de setembro de 2015

Tecnologia em sala de aula... MEDOOO




E é assim que muitos professores, inclusive os ELT teachers, eu me incluo nesse grupo, sofrem como o medo das plataformas tecnológicas. Como "medo" é uma palavra muito forte, preferimos dizer coisas do tipo "eu não preciso" ou "não tenho tempo" ou, ainda questionar "pra quê?".
As tecnologias aplicadas em salas de aula vieram pra ficar e serão cada vez mais e mais presentes. Por isso, meu povo, chegou a hora de superar essa resistência e colocar a mão na massa. O que eu fiz para superar a minha resistência? Voltei para sala de aula...
Eu vou dividir essa experiência com vocês.